quinta-feira, 30 de junho de 2011

Hoje percebi que não preciso me preocupar com coisas sem importância
com essas asas fracas talvez possa tocar o céu
não posso perder o pouco tempo que tenho
mesmo sem nenhum plano certo,
posso acreditar em um futuro bom.
Há algo que pode me levar além do limite,
mesmo cansado não desistirei,
pois quando olho as estrelas que iluminam a noite
espero um dia alcançá-las;
irei voar nesse lindo céu ,
inspirarei as dores em meu peito.
A realidade é um pesadelo,
mas hoje é um bom dia.






Autor: Iago Furtado
Curso: Desenho da Construção Civil
Escola: EEEP. Antônio Mota Filho

segunda-feira, 27 de junho de 2011

Clube da leitura



A E.E.E.P. Antonio Mota Filho realiza todas sextas-feira atividades envolvendo leitura e a escrita. Este momento tem a finalidade de favorecer o contato com textos de gêneros variados, promovendo situações nas quais os alunos recorram a eles com objetivos reais. O clube da leitura envolve a participação do professor André de Língua Portuguesa , a professora Shéllyda regente do Multimeios e a coordenadora Pedagógica Alcimeire. A animação dos alunos é contagiante pois sabem que às sexta-feiras irão ter contato com uma aula diferente e prazerosa. A cada oficina os professores apresentam um gênero de texto diferente, incentivando-os a leituras posteriores e já se registra um aumento nas estatísticas de empréstimos de obras literárias do acervo da Biblioteca. As temáticas abordadas: A poesia vai a sala de aula; As metáforas da paixão; I sarau de poesia; Apresentação e análise da obra o grande mentecapto de Fernando Sabino categoria Romance com sessão de leitura de capítulo do livro e fragmentos do filme- produção de narrativas onde o personagem é um pícaro; Apresentação do conto: o alienista de Machado de Assis – conhecer o autor, os personagens, o resumo da obra e leitura de capítulo do livro na sessão de leitura de capítulo; Apresentação do gênero Memórias literárias com Rozeana Murray e o livro retratos, casa dos Braga memórias da infância de Rubem Braga, Vitém de Cobre de Cora Coralina, Memórias inventadas de Manoel de Barros, Transplante menina de Tatiane Belinky e confissões de adolescentes de Maria Mariana. Após conhecerem características do gênero fizeram sessão de leitura de memórias literárias de vários autores. Em seguida os alunos foram incentivados a escreverem seus memoriais. A última oficina de leitura ocorreu nesta sexta – feira dia 13 de maio de 2011 e a tipologia apresentada foi o documentário científico onde assistiram ao episódio sobre água doce no planeta Terra que faz parte da produção Planeta Terra - o mundo como você nunca viu. Os alunos ficaram fascinados pela grandiosa produção já feita na natureza e a vida selvagem do planeta. Na próxima sexta-feira dia 20.05. os professores continuarão com a temática levando para a sessão de leitura um artigo científico sobre a água e as formas de poluição. Em seguida participarão do concurso de redação da CAGECE que tem como tema Água e qualidade de vida. Até o final do 1º semestre os alunos ainda terão contato com as técnicas do resumo e produzirão diversos tipos de cartas: de solicitação, de reivindicação, felicitação e de agradecimento nas oficinas de leitura.













Leite, leitura
letras, literatura,
tudo o que passa,
tudo o que dura
tudo o que duramente passa
tudo o que passageiramente dura
tudo,tudo,tudo
não passa de caricatura
de você, minha amargura
de ver que viver não tem cura.
Paulo Leminski

Alunos da EEEP Antonio Mota Filho Visitam o corredor Cultural dos casarões antigos em Sobral

Com o intuito de integrar as disciplinas do currículo do Ensino Médio integral de Arte Educação desenvolvido no primeiro período que contempla em sua matriz curricular a História da Arte Brasileira ministrado pela professora Fernanda às disciplinas dos cursos técnicos na área da Construção Civil e Design de Interiores ofertados na EEEP Antonio Mota Filho A Coordenadora Escolar Alcimeire Coriolano, Professora Especialista em Geografia ministrou Seminário sobre História da arquitetura para os referidos alunos que já se voltam para temas na área. Segundo a Professora foi gratificante ver o interesse dos alunos pelo assunto, que a partir desse momento começam a observar as edificações com o outro olhar, dando agora o valor e o significado que elas merecem pelo seu valor histórico, cultural e artístico. Os conteúdos abordados mostrou estilos da arquitetura em vários momentos da história. Foi possível apresentar dentre outros, alguns estilos do período neolítico na pré -história. Em seguida os estilos da arquitetura antiga – Egípcia – Clássica Grega, Romana; Arquitetura na idade Média – paleocristã, Bizantina e gótica; Arquitetura na idade contemporânea – XIX – neogótico,artes e grafts, revivalista ou eclética. Em seguida foi apresentado um estudo sobre a arquitetura colonial cearense, fazendo uma retrospectiva histórica do processo de povoamento do espaço contextualizando-o com a instalação de fazendas com pecuária de extensão, as quais não pediam altos investimentos, daí, o caráter rústico das primeiras construções que geralmente apresentam cuidados especiais relativos à amenização climática, evidenciando um caráter popular, nitidamente utilitário e claramente ecológico, mesmo nas obras religiosas e administrativas de maior porte. A aula foi o primeiro passo para que os alunos que estão nos cursos ligados à construção civil possam identificar as influencias e estilos artísticos presentes nos diversos tipos de construções, sejam elas antigas, modernas e contemporâneas. Durante o Seminário a professora apresentou aos alunos fotos de Patrimônios arquitetônicos presentes em cidades do ceará, inclusive na capital Fortaleza, sugerindo que os alunos identificassem alguns elementos dos tipos de arquiteturas mostrados durante o seminário. Dentro deste contexto os professores Bruno Medeiros e André Lima e um grupo de 30 alunos foram visitar o corredor cultural dos casarões preservados da cidade de Sobral no dia 11 de maio e puderam identificar as influências e estilos presentes neste patrimônio arquitetônico.











Como fazer um Memorial?

O Professor de Língua Portuguesa André Lima juntamente com a Coordenadora pedagógica Alcimeire Coriolano e a professora bibliotecária Shellyda Veras motivaram os alunos a escreverem fragmentos de sua história nas aulas de produção textual. O pequeno memorial se constitui num exercício de investigação e relato de experiências passadas para fazer aflorar não só recordações e lembranças, mas também informações que confiram novos sentidos presentes. O Memorial é o resultado de uma narrativa da própria experiência retomada a partir dos fatos significativos que nos vêm à lembrança desde a infância até o momento presente. Fazer este pequeno Memorial consiste, então, em um exercício sistemático de escrever a própria história, rever a própria trajetória de vida e aprofundar a reflexão sobre ela. Esse é um exercício de auto-conhecimento. Esta proposta de escrever o Memorial relatando alguns momentos da trajetória pessoal, tem uma dimensão reflexiva, pois implica que quem relata se coloca como sujeito que se auto-interroga e deseja compreender-se como o sujeito de sua própria história. Esta iniciativa alem de promover a produção textual também contribuirá na elaboração do projeto de vida que posteriormente será desenvolvido na disciplina de TESE.



Cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz e ser feliz!”
(Almir Sater/ Renato Teixeira)


domingo, 26 de junho de 2011

Grupo Grifhor em " A Triste Partida"


O Grupo de Artes Cênicas Grifhor da Escola Estadual de Educação Profissional (EEEP) Antônio Mota Filho, localizada em Tamboril, realizou dia 09 de junho, no auditório da escola, sua primeira apresentação do espetáculo "A PARTIDA: Vida de Nordestino", escrito pelo Professor Bruno Medeiros.


A peça foi inspirada na obra  “A Triste Partida” escrita em 1964 por Patativa do Assaré, poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro, nascido em Assaré, cidade da região do Cariri, sul do Ceará. O espetáculo descreve a vida do nordestino da época e o seu sofrimento com a seca.

A produção, sonoplastia, pintura cênica e iluminação contou com a participação e a criatividade dos alunos envolvidos. O espetáculo busca trazer a literatura cearense para o palco e valorizar a cultura do nosso povo nordestino.

Produção e Roteiro: Profº.  Bruno Medeiros
Sonoplastia: Bruno e João Esdras
Pintura Cênica: Daniela Ribeiro, aluna do curso de Design de Interiores
Maquiagem: Renária e Larissa
Assistentes: Danilo, Lunard, Miguel e Caio
Atores: Bruno, André Luís, Iago Furtado, Gesso Oliveira, Antonino Izidro e Valdinei.
Atrizes: Daniela Ribeiro, Juliana Azevedo, Bruna Calaça, Ana Dara, Conceição, Graziele, Josilene, Daiane e Geísa.






domingo, 12 de junho de 2011

Quinhentismo Brasileiro

Primeira página e transcrição da Carta de Pero 
Vaz de Caminha ao rei de Portugal sobre a descoberta do Brasil. 
O Quinhentismo, fase da literatura brasileira do século XVI, tem este nome pelo fato das manifestações literárias se iniciarem no ano de 1.500, época da colonização portuguesa no Brasil. A literatura brasileira, na verdade, ainda não tinha sua identidade, a qual foi sendo formada sob a influência da literatura portuguesa e européia em geral. Logo, não havia produção literária ligada diretamente ao povo brasileiro, mas sim obras no Brasil que davam significação aos europeus. No entanto, com o passar dos anos, as literaturas informativa e dos jesuítas, foi dando lugar a denotações da visão dos artistas brasileiros.
Na época da colonização brasileira, a Europa vivia seu apogeu no Renascimento, o comércio se despontava, enquanto o êxodo rural provocava um surto de urbanização. Enquanto o homem europeu se dividia entre a conquista material e a espiritual (Contra-Reforma), o cidadão brasileiro encontrava no quinhentismo semelhante dicotomia: a literatura informativa, que se voltava para assuntos de natureza material (ouro, prata, ferro, madeira) feita através de cartas dos viajantes ou dos cronistas e a literatura dos jesuítas, que tentavam inserir a catequese.
A carta de Pero Vaz de Caminha traz a referida dicotomia claramente expressa, pois valoriza as conquistas e aventuras marítimas (literatura informativa) ao mesmo tempo que a expansão do cristianismo (literatura jesuíta). 
A literatura dos jesuítas tinha como objetivo principal o da catequese. Este trabalho de catequizar norteou as produções literárias na poesia de devoção e no teatro inspirado nas passagens bíblicas.
José de Anchieta é o principal autor jesuíta da época do Quinhentismo, viveu entre os índios, pelos quais era chamado de piahy, que significa “supremo pajé branco”. Foi o autor da primeira gramática do tupi-guarani e também de várias poesias de devoção.
                                                                Por Sabrina Vilarinho Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Cronologia
período: séc. XVI
Início: 1500 - carta de Pero Vaz de Caminha.
Término: 1601 - Prosopopeia de Bento Teixeira - início do Barroco.
Manifestações Literárias
Literatura Informativa
Literatura Catequética.

José de Anchieta (1534 - 1597)
Nasceu nas Ilhas Canárias. Aos 19 anos (1553), veio para o Brasil, onde, com o Pe. Manuel da Nóbrega, fundou um colégio em Piratininga (atual cidade de São Paulo). Dedicou toda a vida à catequese, tornando-se a figura simbólica do trabalho dos missionários. Faleceu em Reritiba (ES).




RENASCIMENTO

As obras renascentistas foram marcadas pela riqueza de detalhes e a reprodução de traços humanos.

O Renascimento foi um importante movimento de ordem artística, cultural e científica que se deflagrou na passagem da Idade Média para a Moderna. Em um quadro de sensíveis transformações que não mais correspondiam ao conjunto de valores apregoados pelo pensamento medieval, o renascimento apresentou um novo conjunto de temas e interesses aos meios científicos e culturais de sua época. Ao contrário do que possa parecer, o renascimento não pode ser visto como uma radical ruptura com o mundo medieval. 
A razão, de acordo com o pensamento da renascença, era uma manifestação do espírito humano que colocava o indivíduo mais próximo de Deus. Ao exercer sua capacidade de questionar o mundo, o homem simplesmente dava vazão a um dom concedido por Deus (neoplatonismo). Outro aspecto fundamental das obras renascentistas era o privilégio dado às ações humanas ou humanismo. Tal característica representava-se na reprodução de situações do cotidiano e na rigorosa reprodução dos traços e formas humanas (naturalismo). Esse aspecto humanista inspirava-se em outro ponto-chave do Renascimento: o elogio às concepções artísticas da Antiguidade Clássica ou Classicismo. Essa valorização das ações humanas abriu um diálogo com a burguesia que floresceu desde a Baixa Idade Média. Suas ações pelo mundo, a circulação por diferentes espaços e seu ímpeto individualista ganharam atenção dos homens que viveram todo esse processo de transformação privilegiado pelo Renascimento. Ainda é interessante ressaltar que muitos burgueses, ao entusiasmarem-se com as temáticas do Renascimento, financiavam muitos artistas e cientistas surgidos entre os séculos XIV e XVI. Além disso, podemos ainda destacar a busca por prazeres (hedonismo) como outro aspecto fundamental que colocava o individualismo da modernidade em voga. 

A aproximação do Renascimento com a burguesia foi claramente percebida no interior das grandes cidades comerciais italianas do período. Gênova, Veneza, Milão, Florença e Roma eram grandes centros de comércio onde a intensa circulação de riquezas e idéias promoveram a ascensão de uma notória classe artística italiana. Até mesmo algumas famílias comerciantes da época, como os Médici e os Sforza, realizaram o mecenato, ou seja, o patrocínio às obras e estudos renascentistas. A profissionalizaçãodesses renascentistas foi responsável por um conjunto extenso de obras que acabou dividindo o movimento em três períodos: o Trecento, o Quatrocento e Cinquecento. Cada período abrangia respectivamente uma parte do período que vai do século XIV ao XVI. 

Durante o Trecento, podemos destacar o legado literário de Petrarca (“De África” e “Odes a Laura”) e Dante Alighieri (“Divina Comédia”), bem como as pinturas de Giotto di Bondoni (“O beijo de Judas”, “Juízo Final”, “A lamentação” e “Lamento ante Cristo Morto”). Já no Quatrocento, com representantes dentro e fora da Itália, o Renascimento contou com a obra artística do italiano Leonardo da Vinci (Mona Lisa) e as críticas ácidas do escritor holandês Erasmo de Roterdã (Elogio à Loucura). 

Na fase final do Renascimento, o Cinquecento, movimento ganhou grandes proporções dominando várias regiões do continente europeu. Em Portugal podemos destacar a literatura de Gil Vicente (Auto da Barca do Inferno) e Luís de Camões (Os Lusíadas). Na Alemanha, os quadros de Albercht Dürer (“Adão e Eva” e “Melancolia”) e Hans Holbein (“Cristo morto” e “A virgem do burgomestre Meyer”). A literatura francesa teve como seu grande representante François Rabelais (“Gargântua e Pantagruel”). No campo científico devemos destacar o rebuliço da teoria heliocêntrica defendida pelos estudiososNicolau Copérnico, Galileu Galilei e Giordano Bruno. Tal concepção abalou o monopólio dos saberes desde então controlados pela Igreja. 

Ao abrir o mundo à intervenção do homem, o Renascimento sugeriu uma mudança da posição a ser ocupada pelo homem no mundo. Ao longo dos séculos posteriores ao Renascimento, os valores por ele empreendidos vigoraram ainda por diversos campos da arte, da cultura e da ciência. Graças a essa preocupação em revelar o mundo, o Renascimento suscitou valores e questões que ainda se fizeram presentes em outros movimentos concebidos ao logo da história ocidental.

Por Rainer Sousa
BRASIL ESCOLA
http://www.brasilescola.com/historiag/renascimento.htm

Cronologia

Início: 1527 - retorno de Sá Miranda da Itália.
Término: 1580 - domínio espanhol.

Características

Imitação dos Clássicos;
Obediência a regras;
Ideal de perfeição formal;
Racionalismo;
Equilíbrio;
Impessoalidade;
Universalismo;
Valores ideais.

  Soneto

Eu cantarei de amor tão docemente,
por uns termos em si tão concertados,
que dous mil acidentes namorados
faça sentir ao peito que não sente.

Farei que amor a todos avivente,
pintando mil segredos delicados,
brandas iras, suspiros magoados,
temerosa ousadia e pena ausente.

Também, Senhora, do desprezo honesto
de vossa vista branda e rigorosa,
contentar me hei dizendo a menos parte.

Porém, para cantar de vosso gesto
a composição alta e milagrosa,
aqui falta saber, engenho e arte.

Luis de Camões


HUMANISMO


Definição

O Humanismo pode ser definido como 
um conjunto de ideais e princípios que valorizam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc). Para os humanistas, os seres humanos são os responsáveis pela criação e desenvolvimento destes valores. Desta forma, o pensamento humanista entra em contradição com o pensamento religioso que afirma que Deus é o criador destes valores.
O humanismo se desenvolveu e se manifestou em vários momentos da história e em vários campos do conhecimento e das artes. 
Humanismo na antiguidade clássica (Grécia e Roma): manifestou-se principalmente na filosofia e nas artes plásticas. As obras de arte, por exemplo, valorizavam muito o corpo humano e os sentimentos.
Humanismo no Renascimento: nos séculos XV e XVI, os escritores e artistas plásticos renascentistas resgataram os valores humanistas da cultura greco-romana. O antropocentrismo (homem é o centro de tudo) norteou o desenvolvimento intelectual e artístico desta fase.
Positivismo: desenvolveu-se na segunda metade do século XIX. Valorizava o pensamento científico, destacando-o como única forma de progresso. Teve em Auguste Comte seu principal idealizador.
O Homem de Virtrúvio (Leonardo da Vinci)

Cronologia do Humanismo
Início: 1434 - Fernão Lopes nomeado cronista-mor do Reino.
Término: 1527 - Francisco de Sá Miranda inicia o Renascimento em Portugal.

Características

Florescimento da prosa;
Declínio da poesia;
Manifestações literárias: poesia palaciana, historiografia e teatro de Gil Vicente.
Teocentrismo;
Antropocentrismo.