domingo, 20 de fevereiro de 2011

Trabalhando Poesias - Introdução

   O trabalho com poesias pode ser prazeroso e fácil para o aluno. O segredo é não assustar os alunos com regras e mais regras, o que pode e o que não pode; sendo que, quando se trabalha a poesia deve-se começar pela própria poesia, ou seja, conhecendo, oportunizando contato direto, que propicie a leitura e o prazer. Os adolescentes adoram lê poesias, eles não precisam é ser forçados a fazer isso.

    Na experiência em que vivencie em sala de aula com os alunos do 1º ano dos cursos de Agrimensura, Desenho da Construção Civil, Desing de Interiores e Edificações da EEEP. Antonio Mota Filho (Tamboril - Ce), tiveram contato com a poesia de Oswaldo Montenegro - Se puder sem medo, Metade e outras. Depois de receber a poesia com trechos separados os alunos tinha que montar a poesia e claro, refletindo e interpretando cada verso. 

         Ao final assistiram um vídeo em que Oswaldo Montenegro canta as poesias trabalhadas em sala. Para encerrar a aula pedimos alunos para declamar uma outra poesia de Oswaldo Montenegro sem indicar ninguém, por livre e espontânea vontade e estivemos participações belissímas.


MURAL DOS ALUNOS PARTICIPANDO DAS ATIVIDADES
Felipe Araújo - curso de Agrimensura
Sala do curso de Agrimensura

sala do curso de Desing de Interiores
Ana Aryelly - curso de Desing
Renária - curso de Desing
João Victor - curso de Edificações

Iago - curso de Edificações

Sala de Edificações

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Estudantes de Tamboril vivenciam nova educação

Educação contextualizada envolve milhares de alunos em Tamboril, com foco na região do semiárido




PROFESSORES E ALUNOS em atividades que contextualizam o sertão. Durante a produção de alimentos, palma forrageira é preparada para consumo humano
FOTOS: SILVÂNIA CLAUDINO

Durante as aulas práticas, estudantes, professores e pais compartilham os conhecimentos do semiárido. Cada módulo é adaptado à realidade da região: clima, água, agricultura e cultura
Tamboril. Um modelo de educação que se aproximasse mais da realidade do lugar em que as pessoas vivem deveria ser mais comum. Infelizmente, a história mostra que essa coerência na maioria das vezes não é alcançada. Nem buscada. Nas escolas os conteúdos do modelo tradicional de educação reforçam culturas, tradições e história que muitas vezes não condizem com a realidade das pessoas. Neste Município, a rede municipal de educação há quatro anos vivencia uma experiência educacional diferente. Por meio da Educação Contextualizada alunos e famílias das escolas da zona rural têm sido envolvidos em atividades modulares que valorizam e destacam o semiárido, facilitando o aprendizado e a convivência de todos nesta região, em que água não é algo muito fácil.

A experiência piloto despertou tanto as famílias, professores, coordenadores, sendo tão exitosa, que resultou na publicação de um livro, lançado recentemente neste Município, com o título "Retalhos de uma educação contextualizada para a convivência com o semiárido nordestino", escrito pela professora Gigi Castro. Trata deste processo de educação implantado Em Tamboril, abrangendo também os vizinhos Independência e Quiterianópolis.

"Na verdade a nossa proposta inicial era fazer apenas um relatório ao final dos três anos de trabalho, mas o dia a dia, as experiências vivenciadas por alunos, professores e pais trouxeram a necessidade de dar visibilidade, de partilhar com todos", avalia Irmã Herbênia de Sousa, coordenadora da Cáritas Diocesana de Crateús, instituição que conduz o processo, com o apoio e parceria de órgãos que dão sustentáculo à Educação Contextualizada em Tamboril: Projeto Dom Hélder Câmara, Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), Fundo Internacional para o Desenvolvimento da Agricultura (Fida), Prefeitura de Tamboril, Escola Família Agrícola Dom Fragoso, Faculdade de Educação de Crateús (Uece/FAEC) e Rede de Educação do semiárido Brasileiro.

Segundo a coordenadora, o livro já foi lançado também em Recife e Fortaleza. Em fevereiro ocorrerá o lançamento também em Brasília. E por meio do Fida chegará inclusive em outros países, como Itália e Paraguai. "A experiência piloto tomou uma imensa dimensão. Em Roma a publicação será lançada como modelo", informa a coordenadora do projeto. As perspectivas para o desenvolvimento e fortalecimento da metodologia de ensino são breves e promissoras. A Cáritas Diocesana, com os demais parceiros, vislumbra estratégias para a superação de um dos maiores desafios da proposta: a formação dos professores, junto à Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade Vale do Acaraú (UVA). "Estamos em negociação com instituições de ensino superior para a oferta de curso de especialização em Educação Contextualizada ainda para este ano", revela Irmã Herbênia.


Publicação
Para os alunos, a publicação é a coroação de um trabalho rico e valioso, pois através da educação contextualizada o sertanejo passa a valorizar e reconhecer o seu lugar. "Aprendemos a focalizar o nosso próprio lugar e aproveitar as suas potencialidades", esclarece Israel Santos, da localidade de Monte Alegre, neste Município. Ele está concluindo o Curso Técnico na Escola Agrícola Dom Fragoso, em Independência, referência em educação contextualizada e desde os 11 anos o modelo de educação faz parte da sua vida. "É muito bom, pois estudamos a nossa própria realidade, partindo da minha pessoa, família, comunidade, país e mundo. O outro modelo às vezes esquece a própria realidade".

Moisés Santos também é defensor da educação contextualizada, e como o primo a vivencia desde a adolescência. Aos 19 anos os dois já viajaram para várias partes do país relatando a experiência. "Entre outros benefícios, destaco como primordial o fato desse modelo favorecer o sertanejo a permanecer no seu lugar e entender que pode conviver e viver bem no semiárido", diz, expressando como resultados a diminuição do êxodo rural e a crescente diminuição do uso de agrotóxicos e queimadas nas comunidades rurais.

Aos pais e família são apresentados os conhecimentos, ao final de cada módulo. Todos são envolvidos nas atividades de educação contextualizada.

Iniciativa tem raízes na igreja popular
A metodologia é vivenciada em cinco municípios da região, e tem origem na Igreja popular de D. Fragoso
Tamboril. A proposta metodológica não é novidade na região. Em Independência e Quiterianópolis, a Cáritas Diocesana atua há seis anos com a metodologia nas escolas. Segundo ela, as experiências nestes dois Municípios embasaram a educação contextualizada, atualmente aplicada em Tamboril. Tauá e Monsenhor Tabosa também vivenciam a metodologia. Em Quiterianópolis, a equipe que coordena já lançou um DVD contando as suas vivências. "Há tempos fazemos um trabalho de formiguinha neste aspecto em vários Municípios da região e agora em Tamboril soou mais forte", relata Ir. Herbênia. Informa ainda que em Crateús, a proposta ocorreu nas escolas durante três anos e por questões administrativas junto à Secretaria de Educação foi descontinuada.

O livro destaca a origem da Educação Contextualizada. "As raízes desta experiência surgiram das inúmeras sementes lançadas há bem mais de 20, 30, 40 anos. Nelas se pode ver a importância que teve o trabalho de uma Igreja Popular, que tem na figura do bispo D. Antônio Fragoso, que viveu e atuou na região da década de 1960 aos anos de 1990, uma referência exemplar para além do seu próprio tempo". Destaca que, nesse período, foi inaugurado "uma outra forma de pensar o campo, o sertão, o semiárido e que isso só foi possível por ser compartilhado, mediante processos educativos de formação continuada, com os coletivos e grupos existentes de religiosos, trabalhadores, jovens e mulheres".

Traduzindo em números, a educação contextualizada encontra-se da seguinte forma na região: quando foi iniciada em Tamboril, contava com 35 educadores de 8 escolas. Hoje 100 educadores disseminam a metodologia em 29 escolas, atendendo 1.375 alunos. Nos cinco Municípios da região (Tamboril, Independência, Quiterianópolis, Tauá e Monsenhor Tabosa), totalizam 326 educadores envolvidos em 46 escolas, com atendimento a 3.007 alunos.

No decorrer do período letivo são estudados quatro módulos. No primeiro, o semiárido brasileiro, que mostra toda a região e suas singularidades climáticas. O segundo aprofunda a falta e busca da água no sertão. No terceiro é destacada a agricultura familiar, com suas produções e benefícios e por último, cultura, etnia e gênero.

Ela explica ainda que os períodos do ano são vistos, estudados e vivenciados de acordo com as manifestações próprias do semiárido. "Em outubro, as atividades se voltam para o aproveitamento do vento neste período, que propicia o apanhado das sementes no campo, daí chamamos os pais para selecionarem as sementes nativas, nas oficinas de estudo os alunos plantam as sementes e agora no período do advento as mudas foram entregues aos pais para o reflorestamento".

Iniciativa
A Cáritas Brasileira faz parte da Rede Caritas Internationalis, rede da Igreja Católica de atuação social composta por 162 organizações presentes em 200 países e territórios, com sede em Roma. Em Crateús, foi instalada em 2004, por iniciativa do bispo D. Jacinto de Brito, e atua em 14 Municípios da região.


Por Silvânia Claudino

Repórter
Diário do Nordeste 10/01/2011.

http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?codigo=915307

Viver é sentir?

O que é viver?
Viver é sentir-se vivo. Ou será permanecer vivo. Buscamos viver constantemente mas até que ponto seria esse viver constantemente?
A vida é preciosa, necessita ser sentida, aperfeiçoar valores, buscar respostas ,ou será, uma pergunta para as respostas. 
Valorizar a vida é acreditar na capacidade, na plenitude, na perseverança, no respeito e sobretudo no amor (de Deus, de pai e mãe, de amigos...).
Viver é "não ter a vergonha de ser feliz", "ser um eterno aprendiz".
Portanto, viver é antes de mais nada ter a capacidade de amar! É ir a luta para realizar sonhos com dignidade. É ser útil, protagonista da própria história, invensível. Viver é isso?... ah viver!